Em 2004, Paul Sinton-Hewitt lançou um experimento simples: 13 corredores, três voluntários e cronometragem manual no Bushy Park, em Londres.
O que parecia uma reunião despretensiosa virou um movimento global. Hoje, o Parkrun está presente em mais de 2.600 locais em 23 países. A mais nova estreia aconteceu no Brooklyn Bridge Park, em Nova York, reunindo 559 participantes e 23 voluntários.
O que faz o Parkrun ser diferente de tudo?
A fórmula é simples e acessível:
- registro online único
- um código de barras
- todo sábado, às 8h, corridas de 5K gratuitas.
O diferencial está na filosofia: “ninguém termina em último”. Em vez de performance individual, o Parkrun valoriza bem-estar comunitário e inclusão. Nos EUA, já são 91 eventos ativos, crescendo de forma orgânica, impulsionados pelo boca a boca e pela experiência genuína dos participantes.
Parcerias inteligentes que sustentam a gratuidade
A gratuidade do Parkrun só é possível graças a um ecossistema sustentável que combina diferentes fontes de apoio.
A Brooks Running atua como parceira global exclusiva, garantindo a estrutura necessária sem comprometer a experiência dos participantes. Além disso, grants de organizações como a Sport England financiam projetos voltados para aumentar a participação de mulheres e comunidades subatendidas.
O modelo se completa com a venda de mercadorias e as doações feitas pela própria comunidade, formando uma base financeira sólida que permite manter os eventos acessíveis e gratuitos. Assim, a proposta permanece fiel: acesso livre, sem custo para os participantes.
Por que médicos estão prescrevendo Parkrun?
Mais do que uma corrida, o Parkrun virou prescrição médica em alguns países. Profissionais de saúde recomendam os encontros como ferramenta preventiva, unindo: atividade física regular, socialização e ambiente acolhedor.
Os benefícios vão além da aptidão física: são impactos positivos na saúde mental, autoestima e senso de pertencimento.
O futuro é expansão com propósito
O Parkrun planeja dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, mirando países como Uganda, Portugal e Suíça. Novos formatos, como o Parkwalk (voltado para caminhadas) e o Junior Parkrun (para crianças), ampliam a inclusão.
Em um mercado de fitness bilionário dominado por modelos pagos e exclusivos, o Parkrun prova que a verdadeira inovação está em remover barreiras, não criar mais.
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