O jejum intermitente dominou as conversas sobre bem-estar, prometendo perda de peso e benefícios metabólicos.
Mas uma meta-análise publicada no British Medical Journal, que revisou 99 estudos com mais de 6.500 pessoas, coloca um freio nesse entusiasmo: a longo prazo, a estratégia não é mais eficaz do que dietas tradicionais de restrição calórica.
A Promessa de Curto Prazo
Não há como negar: no início, os resultados aparecem. O jejum intermitente de fato promove uma perda de peso que pode chegar a 3,4 kg e melhora indicadores cardiovasculares, como os níveis de triglicérides. É a solução rápida que o mercado adora vender e que atrai consumidores em busca de um atalho para a saúde. O problema é que essa eficiência inicial cria uma ilusão de sustentabilidade que não se confirma com o tempo.
A Realidade dos Números: Por que a Adesão Despenca?
É aqui que o hype encontra a parede da realidade. Após seis meses, os efeitos do jejum na balança se igualam aos de qualquer outra dieta. Pior ainda, a adesão ao método despenca drasticamente: de 74% nas primeiras seis semanas para apenas 22% depois de um ano.
Especialistas são categóricos ao afirmar que o jejum não demonstra superioridade. Como outros modismos, ele falha em criar hábitos duradouros, gerando riscos nutricionais quando não integrado a uma rotina equilibrada.
A Lição para o Setor de Saúde: Menos Tendência, Mais Evidência
Para as empresas do setor de saúde e bem-estar, a trajetória do jejum é um alerta e uma oportunidade. Insistir em tendências com alta taxa de abandono é a fórmula para perder clientes.
A virada de chave está em focar em soluções baseadas em evidências, que promovam hábitos personalizados e sustentáveis. É hora de investir em serviços que garantem resultados duradouros, como apps de monitoramento inteligentes ou parcerias com nutricionistas para criar programas eficazes.
O ciclo dos modismos é previsível. A verdadeira inovação no setor de wellness não está na próxima dieta da moda, mas em construir plataformas que ofereçam ciência, personalização e consistência. As marcas que entenderem isso não vão apenas reter clientes, mas liderar o futuro do bem-estar.
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