No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, mas a conversa raramente avança para o pós-tratamento. A cirurgia de remoção do tumor, muitas vezes, deixa uma sequela silenciosa e devastadora: a incontinência urinária, que afeta até 10% dos pacientes, impactando diretamente a autonomia e o bem-estar.
O que acontece quando o controle se vai?
A principal causa da incontinência pós-cirúrgica é o dano ao esfíncter urinário, o músculo que funciona como uma válvula de controle. Sem ele, a vida social e a saúde mental do paciente são profundamente abaladas. Soluções paliativas, como fraldas e absorventes, trazem consigo problemas de pele e um peso psicológico que limita a liberdade e a dignidade.
A solução existe, mas qual o preço?
Fora do Brasil, o tratamento padrão-ouro para casos graves é o esfíncter urinário artificial, uma prótese que restaura a função de controle e devolve a qualidade de vida. No entanto, a tecnologia esbarra em uma barreira no sistema público brasileiro. A Conitec, comissão que decide sobre a incorporação de tecnologias no SUS, rejeitou a proposta devido ao alto custo, estimado entre R$ 55 mil e R$ 80 mil por unidade.
Entre a fisioterapia e a barreira financeira
Atualmente, o SUS oferece tratamentos como fisioterapia pélvica e medicamentos, que são eficazes para casos leves, mas falham em resolver quadros graves e persistentes. Com isso, cria-se um limbo: pacientes que não respondem ao tratamento convencional ficam sem uma opção curativa no sistema público, reforçando a urgência de um debate que equilibre inovação, custo e, acima de tudo, bem-estar.
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