A era do “creminho milagroso” com promessas vagas chegou ao fim. Ingredientes high-tech como peptídeos biomiméticos, exossomos e PDRN estão saindo direto dos laboratórios para as prateleiras, impulsionados por biotecnologia e inteligência artificial. É a ciência ditando as regras de um mercado que movimenta mais de US$ 115 bilhões por ano e que, no Brasil, já bate os US$ 30 bilhões.
O que tem de novo no potinho?
Esqueça os extratos botânicos genéricos. A nova aposta de gigantes como a L’Oréal, que investiu US$ 1,4 bilhão em P&D só em 2023, está em ativos com pedigree científico. Falamos de PDRN, um composto derivado do esperma de salmão usado na medicina regenerativa, e exossomos, minúsculas vesículas que atuam como mensageiras celulares para estimular o colágeno. A biotecnologia não só cria esses ingredientes, mas garante sua segurança e eficácia, uma resposta direta a um consumidor cada vez mais cético.
O consumidor virou cientista?
Quase isso. Uma pesquisa aponta que 91,9% dos brasileiros valorizam produtos com eficácia comprovada. O consumidor de hoje não quer mais ouvir sobre milagres, ele quer ver evidências clínicas. Dermatologistas como Daniela Suzuki Locatelli e Roseli Siqueira reforçam: é preciso separar o que é ciência real do que é apenas marketing inflado, principalmente em um cenário onde tendências viralizam no TikTok sem o devido embasamento. A exigência por provas está forçando as marcas a investir bilhões para se manterem relevantes.
A resposta das gigantes: IA e personalização
Para se diferenciar, empresas como L’Oréal e Amakos da Amazônia estão usando inteligência artificial para acelerar o desenvolvimento de ativos e criar rotinas de skincare hiperpersonalizadas. A tecnologia analisa tipos de pele e dados para recomendar soluções sob medida, criando nichos de mercado e protegendo inovações com patentes. É a tecnologia como ferramenta para entregar resultados, não apenas para vender uma ideia.
O que fica para o mercado de wellness?
A lição é clara: o futuro do skincare é um equilíbrio delicado entre hype e substância. Para os executivos do setor, o desafio é investir em pesquisa robusta, ser transparente e, no caso do Brasil, adaptar essa revolução tecnológica à nossa imensa diversidade genética. A personalização deixou de ser um luxo para se tornar a nova regra do jogo, o único caminho para construir lealdade e crescer de forma sustentável.
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