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Academias na briga pela Geração Z: a nova aposta é a gratuidade

A guerra pela atenção (e fidelidade) da Geração Z no universo fitness esquentou de vez. A Fitness International, dona das redes LA Fitness e City Sports Club, anunciou que vai oferecer acesso gratuito a academias para estudantes do ensino médio a partir do outono de 2025. A jogada não é isolada e segue uma tendência que já se provou um sucesso para concorrentes como a Planet Fitness, mostrando que o futuro do setor passa por conquistar o público jovem, custe o que custar.

Por que a Geração Z virou o alvo da vez?

A resposta está nos números. Enquanto a Planet Fitness viu sua base de membros crescer 13% impulsionada por programas de verão gratuitos para adolescentes, que geraram mais de 12 milhões de treinos só em 2024, dados mostram que a atividade física entre os jovens está em queda. Apenas 45% dos jovens adultos se exercitavam semanalmente em 2022. As academias enxergaram aí uma oportunidade dupla: combater uma tendência preocupante de saúde e, claro, formar uma nova geração de clientes fiéis antes mesmo que eles pensem em pagar uma mensalidade.

Da academia à política pública: um movimento conectado

Essa corrida pelo público jovem não acontece no vácuo. Ela se alinha a um movimento maior, como a reintrodução do Teste de Aptidão Física Presidencial nos EUA, uma iniciativa para combater a obesidade e incentivar a atividade física nas escolas. Enquanto a Planet Fitness foca em programas de verão e a F45 oferece descontos de até 20%, a LA Fitness aposta em um programa piloto durante o ano letivo, com parcerias diretas com escolas. A mensagem é clara: o bem-estar juvenil virou pauta de negócio e de governo.

O desafio por trás do passe livre

Oferecer acesso gratuito é uma isca poderosa, mas o jogo é de longo prazo. O desafio para os executivos é transformar esses jovens em consumidores fiéis no futuro, já que a Geração Z costuma preferir planos mais básicos, o que pode impactar a receita. Além disso, a iniciativa precisa superar barreiras socioeconômicas, como transporte, para ser verdadeiramente inclusiva. No fim das contas, a aposta é que criar hábitos saudáveis cedo não só garante o cliente de amanhã, mas também fortalece a imagem da marca como uma aliada do bem-estar, um ativo valioso em um mercado cada vez mais competitivo.

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