Prepare-se para uma nova era de monitoramento de saúde no seu pulso. Após uma intensa batalha judicial, o recurso de medição de oxigênio no sangue do Apple Watch Series 9, Series 10 e Ultra 2 está de volta, prometendo mais insights sobre seu bem-estar diário a partir de 2025. Essa reformulação e retorno reforçam o posicionamento da Apple como líder em saúde digital, superando desafios legais para manter o Apple Watch como uma ferramenta avançada de monitoramento.
Por Que o Oxigênio Desapareceu?
A saga começou em 2023, quando a International Trade Commission (ITC) dos EUA determinou que os sensores de oxigênio da Apple infringiam patentes da Masimo. O resultado? Uma suspensão temporária das vendas e a necessidade da Apple de lançar versões modificadas dos Apple Watches, sem o recurso de oxigênio, para cumprir as determinações legais e evitar interrupções nas vendas durante um período crucial, como o Natal. Essa disputa ressaltou as complexidades regulatórias e de propriedade intelectual na intersecção entre tecnologia de consumo e dispositivos médicos, um cenário que afeta outros players no setor e enfatiza a necessidade de executivos priorizarem a conformidade regulatória.
Como a Apple Reinventa o Game da Saúde?
A Apple não ficou parada. A estratégia para reativar o sensor de oxigênio no sangue envolveu uma reformulação técnica, onde o processamento dos dados do sensor passará a ser feito no iPhone emparelhado, e não mais no próprio relógio. Essa atualização, que exigirá a versão mais recente do iOS e watchOS, estará disponível a partir de 2025. Mas a gigante de Cupertino vai além: a empresa recebeu aprovação do FDA em setembro de 2024 para detecção de apneia do sono nos mesmos modelos de Apple Watch e introduziu recursos de saúde auditiva nos AirPods Pro 2, com direito a teste de audição clínico e funcionalidade de aparelho auditivo. Além disso, a chegada do aplicativo Vitals no watchOS 11, que usa IA para monitorar sinais vitais, e do Workout Buddy com feedback motivacional em 2025, demonstram a agilidade estratégica da Apple em mitigar riscos e expandir seu ecossistema de saúde e bem-estar, mesmo com uma abordagem cautelosa em IA focada na privacidade do usuário.
O Impacto no Pulso e no Mercado
Embora a disputa e a ausência de novos modelos em 2024 tenham levado a uma queda de 19% nos envios globais de smartwatches e uma perda de 8 pontos percentuais de market share para a Apple, a retomada do recurso de oxigênio é um divisor de águas. Ao incorporar funcionalidades de saúde validadas, a empresa não apenas aumenta o valor percebido do Apple Watch, mas também promove maior fidelização de usuários e abre portas para novos mercados de saúde digital. Essa inovação integra funcionalidades de saúde em wearables, tornando o monitoramento diário mais acessível e impulsionando a saúde preventiva para usuários comuns. O mercado de Health Tech está em plena expansão, e essa atualização reforça o papel dos wearables na promoção de saúde preventiva e na melhoria da qualidade de vida, com um potencial enorme para inovações em monitoramento remoto.
Mais do que um gadget, um parceiro de saúde. A jornada do Apple Watch, marcada por desafios legais, mas também por uma resiliência estratégica e um foco incansável na inovação, reforça o papel dos wearables como protagonistas na saúde preventiva e no bem-estar. Para executivos e empreendedores, o caso Apple-Masimo é um lembrete crucial: a proteção da propriedade intelectual e a agilidade estratégica são tão vitais quanto a inovação em um setor que cresce e promete retornos significativos para quem souber navegar suas complexidades.
Quer continuar por dentro do que realmente está acontecendo no wellness?
A newsletter da FitFeed entrega, toda semana, um radar com os movimentos mais importantes do setor.
Se inscreva em 👉 https://fitfeed-newsletter.beehiiv.com/