O Grupo Boticário acaba de receber um sinal verde bilionário do BNDES: R$1 bilhão em crédito para acelerar sua produção e dar um upgrade nas instalações fabris e logísticas. A tacada é um movimento estratégico para impulsionar o bem-estar e tornar produtos que promovem rotinas de saúde pessoal ainda mais acessíveis, reforçando a posição do grupo como player central no ecossistema de beleza nacional.
Essa grana vem pra quê, afinal?
A fatia de R$1 bilhão do BNDES será direcionada para a aquisição de maquinário de ponta, equipamentos, sistemas industriais e insumos, visando uma modernização pesada no parque fabril e logístico. O CFO Marcelo Azevedo deixou claro: o objetivo é sustentar o crescimento robusto do ecossistema de beleza. Esse crédito é parte de um investimento maior: o Grupo Boticário planeja injetar R$4,14 bilhões em 2025, com destaque para a construção de uma nova fábrica em Pouso Alegre e a ampliação de outras operações em estados como Paraná e Bahia. A expectativa é gerar 1,3 mil novos empregos diretos e indiretos, impulsionando a economia local em cerca de R$ 7,8 bilhões nos próximos anos.
Boticário já é gigante, mas quer ir além
Em 2024, o Grupo Boticário registrou vendas impressionantes de R$35,7 bilhões, um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. Com presença em cerca de 1.700 cidades, mais de 4.000 lojas e 21.000 funcionários diretos, o grupo já tem uma capilaridade invejável. A modernização via automação e eficiência produtiva é vista como crucial para manter a competitividade, especialmente em um setor que já adota tecnologias como aprendizado de máquina. O financiamento se alinha a programas governamentais como o BNDES Máquinas e Serviços, parte da ‘Nova Indústria Brasil’, que já alocou R$ 220 bilhões e ajudou o Brasil a saltar da 45ª para a 25ª posição no ranking mundial da indústria.
O futuro da beleza é sustentável e tech?
O aporte no Boticário reflete uma tendência clara no setor de beleza e wellness: a integração de inovação tecnológica com expansão produtiva. Há um movimento crescente em direção a produtos mais ecológicos e saudáveis, com foco em sustentabilidade e ingredientes funcionais. Esse cenário, impulsionado por investimentos como o do BNDES, pode elevar a competitividade global do Brasil no setor de wellness, posicionando o país como líder em produtos de beleza sustentáveis. No entanto, o caminho não é sem desafios; especialistas levantam preocupações sobre o financiamento público de grandes corporações, sugerindo a necessidade de diversificar instrumentos para maximizar o impacto dos recursos e alertando para os custos e riscos da automação industrial.
O que vem por aí?
Com a injeção de capital e uma estratégia de expansão e modernização, o Grupo Boticário não só se fortalece no mercado interno, que espera atingir €24,81 bilhões em farmácias até 2029, mas também se prepara para competir em escala global. Para investidores e empreendedores, o caso destaca a importância de parcerias estratégicas e financiamentos governamentais para viabilizar projetos ambiciosos no crescente mercado de beleza e bem-estar, sempre de olho na inovação, na sustentabilidade e nas mudanças de comportamento do consumidor.
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