A fisiculturista mineira Marcela Fonseca subiu ao palco do Musclecontest São Paulo 2025 e provou que resiliência é o músculo mais importante.
Três anos após uma artroplastia de quadril que, segundo previsões médicas, poderia encerrar sua carreira, ela voltou a competir na categoria Bikini, transformando sua jornada em um símbolo de um movimento muito maior.
Qual o segredo para virar o jogo?
Para Marcela, a fórmula foi uma combinação de paciência, motivação e muita disciplina. Em vez de atalhos químicos, ela optou por uma recuperação natural, sem o uso de anabolizantes, priorizando a saúde e a técnica apurada para gerenciar os treinos.
A abordagem mostra que, mesmo em um esporte de alta performance, a longevidade e o bem-estar podem andar juntos. Segundo o ortopedista Marco Aurélio Neves, a musculação é uma aliada poderosa para pacientes com prótese, fortalecendo os músculos e melhorando a mobilidade, embora exija cuidados redobrados e treinos personalizados no nível competitivo.
De nicho a mainstream: a revolução silenciosa do esporte
A história de Marcela não é um caso isolado, mas o reflexo de uma tendência global. O fisiculturismo adaptativo, que teve suas sementes plantadas nos anos 50 por pioneiros como Jack LaLanne, ganhou força com a fundação da Wheelchair Bodybuilding, Inc. em 2006.
Hoje, a inclusão de categorias para atletas com deficiência em eventos de peso como o Arnold Classic e o Olympia Weekend consolida o movimento, provando que o esporte é para todos. As redes sociais amplificaram essas narrativas, transformando atletas como Edgard John-Augustin (‘The Bionic Body’) em fenômenos virais e inspiradores.
O futuro do wellness é adaptativo
Essa evolução abre uma nova fronteira de negócios no universo wellness. A demanda por soluções que unam performance e reabilitação está em alta, criando oportunidades para inovações em programas de reabilitação digital, wearables que monitoram a recuperação e suplementos focados em saúde articular.
A jornada de superação de atletas como Marcela inspira não apenas outras pessoas, mas também um mercado pronto para investir em tecnologia e métodos que promovam um fitness mais inclusivo, inteligente e, acima de tudo, humano.
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