A telemedicina está no auge, mas nem tudo é um mar de rosas. A Hims & Hers Health entregou um crescimento de receita anual de 73% no segundo trimestre, um baita sinal de força. Só que, na prática, a ação tropeçou: recuou 9%. Por quê? A receita veio abaixo do que o mercado esperava, apesar do EBITDA ajustado ter atingido US$ 82 milhões e o lucro líquido seguir firme.
Crescimento top, mas com perrengues no caminho
A receita bateu US$ 544,8 milhões, perto, mas não chegou nos US$ 552 milhões projetados. Ainda assim, lucrou mais que no ano passado: US$ 42,5 milhões, com lucro por ação de 17 centavos. Isso mostra uma saúde financeira resistente, mesmo com um ambiente cheio de turbulências.
Tem desafio pesado no radar: a empresa enfrenta questionamentos regulatórios e tensões pelo comércio de medicamentos compostos que não passaram pela aprovação full, um tema sensível que pode custar caro. A parceria relâmpago com a Novo Nordisk, que foi encerrada após acusações de venda em massa mascarada de personalização, deixa claro que crescer rápido exige gestão de risco sem vacilo.
O que vem por aí?
Para o terceiro trimestre, a projeção é receita entre US$ 570 e 590 milhões. Parece otimista, mas fica abaixo dos US$ 583 milhões que alguns analistas esperam, e ainda vem com o pé atrás por causa dessas questões legais que não param.
Na real, a telemedicina é um jogo que vai muito além da inovação: é preciso equilíbrio entre performance financeira e compliance. Crescer acelerado? Sim. Mas com um controle afiado dos riscos e cuidado especial com a reputação.
No fim, a história da Hims & Hers reforça que crescimento desconectado dos fundamentos pode virar uma bomba para o modelo de negócio.
Quer continuar por dentro do que realmente está acontecendo no wellness?
A newsletter da FitFeed entrega, toda semana, um radar com os movimentos mais importantes do setor.
Se inscreva em 👉 https://fitfeed-newsletter.beehiiv.com/