A Mahta, uma foodtech fundada em 2019, acaba de levantar R$ 20 milhões do Fundo da Biodiversidade da Amazônia, um movimento estratégico que promete revolucionar a forma como consumimos suplementos e alimentos.
Este investimento substancial, do Fundo gerido pela Impact Earth com aportes de investidores como BNDES, visa não apenas a expansão da linha de suplementos proteicos com ingredientes amazônicos, mas também impulsionar uma nutrição mais sustentável e consciente.
A empresa, que já se destaca por seu leite de castanha em pó premiado na Naturaltech 2024, confirma sua posição como uma referência em inovação no setor.
Onde o Dinheiro da Amazônia Vai Fazer a Diferença?
Os recém-captados R$ 20 milhões não são apenas um número. Eles serão o combustível para a Mahta turbinar sua equipe de pesquisa, expandir a rede de fornecedores na Amazônia e, crucialmente, iniciar a distribuição em grandes redes de varejo. Essa estratégia, somada ao já consolidado modelo de assinaturas online, visa dobrar o faturamento mensal da empresa para R$ 2 milhões ainda neste ano.
Com o investimento do fundo, que adotou um modelo híbrido de dívida e participação nos lucros, a Mahta já sente o impacto positivo, com aumento da receita e crescimento da equipe, atraindo novos talentos e fortalecendo suas operações no Brasil.
Bioeconomia no Prato: Como a Amazônia Vira Inovação?
A grande sacada da Mahta está na sua essência: a valorização da biodiversidade amazônica. A foodtech utiliza cerca de 15 insumos únicos da região, como subprodutos da castanha-do-pará, para criar alimentos em pó inovadores.
A mágica acontece via liofilização, um processo que preserva os nutrientes essenciais, como antioxidantes e vitaminas, muito melhor do que métodos tradicionais de secagem, garantindo a eficácia e qualidade superior dos suplementos. Essa abordagem não só promove a economia circular, transformando o que antes era “desperdício” em superalimentos, mas também contribui para a renda de cooperativas locais e reduz a pressão das monoculturas, focando na regeneração da natureza.
Do Local ao Global: O Futuro da Nutrição Sustentável?
A Mahta não quer ficar só no Brasil. A foodtech já mira mercados internacionais como Emirados Árabes, Europa e Austrália, aproveitando o crescente interesse global por produtos amazônicos e a tendência de foodtechs que unem inovação e sustentabilidade. Essa expansão, que fortalece cadeias produtivas sustentáveis e é um exemplo para empreendedores do setor wellness, indica uma grande oportunidade para escalar modelos de negócios que beneficiam tanto a saúde humana quanto a biodiversidade.
O investimento no setor de produtos nutricionais naturais e o aumento do uso de ingredientes regionais mostram que a Mahta está surfando uma onda que pode impulsionar a adoção global de alimentos fortificados sustentáveis, focados em longevidade e saúde preventiva. A Mahta, com sua recente captação e um modelo de negócio que integra inovação de produto com impacto socioambiental, é um case para executivos e empreendedores do setor de wellness.
A jornada da foodtech amazônica reforça que é possível aliar sucesso financeiro com propósito, mostrando que o futuro da alimentação e do bem-estar passa, inevitavelmente, por soluções que respeitam e valorizam nossos recursos naturais. É um convite para olhar para a floresta não apenas como um ecossistema a ser preservado, mas como uma fonte inesgotável de inovação e saúde.
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