As Maldivas decidiram redefinir o futuro da saúde pública e do bem-estar. O país se tornou o primeiro no mundo a implementar uma proibição geracional de tabaco, impedindo que qualquer pessoa nascida a partir de 1º de janeiro de 2007 compre ou consuma o produto. A medida vai além e inclui um banimento total de vapes e cigarros eletrônicos para todas as idades, uma regra que vale tanto para moradores quanto para turistas.
Mas por que uma medida tão drástica?
A decisão não veio do nada. O objetivo é claro: criar uma geração inteiramente livre de tabaco e blindar os jovens contra o que autoridades locais chamam de “estratégias da indústria para viciar a nova geração” com dispositivos modernos. Os dados são alarmantes: uma pesquisa de 2021 revelou que mais de 25% dos adultos e quase o dobro de adolescentes no país usavam tabaco, acendendo um alerta para a necessidade de uma intervenção urgente.
Na prática, a tolerância é zero
A lei é rígida e sua aplicação, rigorosa. Varejistas são obrigados a verificar a idade dos compradores, e a regra se aplica a todos, sem exceção. Para quem desrespeitar, a multa é pesada: cerca de US$ 3.200 por infração. Além das punições, o governo planeja criar clínicas antitabagistas e oferecer incentivos financeiros para apoiar quem quer largar o vício, mostrando um compromisso que vai da proibição ao suporte.
O mundo aplaude, mas quem mais tem coragem?
A iniciativa das Maldivas ganhou elogios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e virou referência global. Enquanto outros países, como Reino Unido e Nova Zelândia, chegaram a discutir medidas parecidas, as Maldivas foram as primeiras a colocar a ideia em prática — um fato que ganhou ainda mais destaque depois que a Nova Zelândia revogou seu plano. Apesar das restrições, as projeções para o turismo, pilar da economia local, continuam otimistas, mostrando que bem-estar e negócios podem andar juntos.
O movimento das Maldivas é mais do que uma lei; é um statement de wellness em escala nacional. Ao investir na prevenção e na saúde a longo prazo, o país não só desafia a indústria do tabaco, mas também se posiciona como um líder em políticas de bem-estar. A grande questão agora é se outros seguirão o exemplo, transformando essa aposta ousada em uma nova tendência global.
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