A ideia de um “precipício da fertilidade” aos 35 anos está com os dias contados. O que antes era um marco de ansiedade para muitas mulheres, hoje é visto como um marcador prático, e não um limite biológico absoluto. A combinação de mudanças sociais e avanços da ciência está reescrevendo as regras do planejamento familiar.
O que realmente acontece com o corpo?
Esqueça a ideia de um declínio abrupto. The New York Times registrou que a fertilidade feminina diminui de forma progressiva, resultado da redução natural na quantidade e qualidade dos óvulos, aos 37 anos, por exemplo, restam cerca de 25 mil. Fatores como alterações hormonais, miomas, diabetes e obesidade também entram na equação, assim como o aumento no risco de anomalias e abortos espontâneos. A recomendação é clara: após seis meses de tentativas sem sucesso, mulheres com mais de 35 devem buscar avaliação médica especializada.
E os homens? A conta não é só delas
A conversa sobre fertilidade precisa ser inclusiva. A partir dos 40 anos, a fertilidade masculina também entra em declínio, com a redução na qualidade do esperma e na produção de testosterona. Entender que o planejamento familiar é uma via de mão dupla é fundamental para um diagnóstico completo e decisões mais assertivas.
A tecnologia como aliada da maternidade tardia
O adiamento da maternidade por questões de carreira, educação e finanças já é um fato. Dados mostram que, enquanto a fertilidade global cai, o número de nascimentos em mulheres com mais de 40 anos aumentou 2%. Esse movimento é impulsionado pelos avanços na reprodução assistida, que ampliaram as possibilidades e a segurança para gestações mais tardias. O resultado é um mercado em plena expansão, com clínicas especializadas e tecnologias de monitoramento personalizado ganhando cada vez mais espaço.
No fim das contas, a narrativa está mudando. Menos pânico com o calendário e mais foco em informação de qualidade e acompanhamento individualizado. Desmistificar a pressão dos 35 anos não só reduz a ansiedade, mas abre caminho para um planejamento reprodutivo mais consciente, alinhado ao estilo de vida e aos objetivos de cada um.
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