A guerra contra os ultraprocessados nas escolas ganhou um novo capítulo. Um estudo do Idec aponta que proibir a venda desses produtos e de bebidas adoçadas nas cantinas poderia reduzir em 13% a obesidade entre estudantes de 10 a 19 anos. A medida não é só uma tendência, mas um movimento que está ganhando força com decretos federais e projetos de lei.
Por que o ultraprocessado virou o vilão da lancheira?
Não é só sobre calorias vazias. Alimentos ultraprocessados são formulados para hackear nosso cérebro. Com uma combinação de açúcares, gorduras e aditivos, eles ativam o sistema de recompensa, diminuindo a saciedade e incentivando o consumo excessivo. A baixa quantidade de fibras e a textura macia aceleram a ingestão, o que desregula os sinais de que o corpo está satisfeito. O resultado? Um ciclo vicioso que leva à inflamação crônica, desequilíbrio do microbioma intestinal e aumenta o risco de resistência à insulina e obesidade.
O que muda na prática com a proibição?
O impacto é direto na saúde pública e nos hábitos de consumo. A simulação do Idec, baseada em dados do IBGE, projeta uma queda de 25% no consumo de bebidas adoçadas e 8% nos ultraprocessados no ambiente escolar. Em contrapartida, espera-se um aumento de até 8% na procura por opções saudáveis como água, sucos naturais e frutas. Esse cenário é reforçado por legislações como o Decreto Federal nº 11.821/2023 e a redução do limite de ultraprocessados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Uma oportunidade de ouro para o mercado wellness
A regulamentação abre uma avenida de oportunidades para empresas do setor. A demanda por lanches nutritivos e alinhados a um lifestyle saudável nunca esteve tão em alta. Para executivos e empreendedores, o recado é claro: é hora de inovar e desenvolver produtos que atendam a essa nova realidade. O PNAE, por exemplo, se torna um canal de distribuição estratégico para marcas que querem se posicionar como aliadas da saúde infantil, fortalecendo sua reputação e conquistando um mercado em plena transformação.
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