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O luxo invisível é na verdade, coletivo.

O conceito de wellness é amplo, diverso e, mais do que nunca, coletivo.

No meio de tanto barulho e tanta métrica, o verdadeiro luxo é conseguir se conectar, com o corpo, com os outros e mais….com o momento presente. Será que o bem-estar virou mais um produto para consumir do que um caminho para a experiência de viver?

Essa pergunta abriu uma das falas mais potentes do Festival wellness que presenciei, e ficou ecoando na minha cabeça nas horas seguintes.

Falar de wellness hoje virou moda, tendência, hype.

Mas o que é, afinal, o bem-estar? A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo: depende. O wellness é amplo e se manifesta de formas diferentes em cada pessoa.

Pra uns, é correr 10 km. Pra outros, é meditar. Pra alguns, é simplesmente conseguir dormir bem ou dizer “não” sem culpa. Mas tem algo nisso que é universal: ninguém vive bem-estar sozinho. E talvez esse seja o grande ponto que a gente tenha esquecido no meio de tanta individualização.

Em meio a tantas palestras e podcast que eu consumo, ouvi dados que reforçam isso, a OMS criou, em 2023, a comissão de Social Connection, reconhecendo a saúde social como prioridade global de saúde pública.

Eles apontam que a solidão crônica já é uma das maiores ameaças à longevidade, mais perigosa até que o sedentarismo. E o filósofo Byung- Chul Han escreveu: “O ritmo imposto pela lógica digital reduz a profundidade das experiências e dificulta a construção de vínculos duradouros.”

Vivemos tempos em que até o bem-estar foi metrificado: passos, sono, batimento e a respiração. Temos dados para quase tudo, menos para o que realmente importa: a qualidade dos nossos vínculos, a leveza das nossas interações com a amigos e familiares, e a sensação de estar presente. Eu digo presente de verdade.

O problema não está nas métricas (elas são incríveis), O complicado está em substituir o sentir pelo controlar ou “monitorar”. O novo luxo não é ter o melhor Garmin. É conseguir silenciar o barulho interno, é olhar pro
corpo não como um objeto de performance, mas como um portal de consciência.

E mais do que isso: é lembrar que o bem-estar é relacional. E A socialização agora aparece de forma que precisa ser estimulada, porque é ali que a saúde emocional e o sentido de pertencimento aparece, as
pessoas estão voltando a buscar presença coletiva, nas trilhas, nas aulas, nos retiros, nos workshops de argila e pintura. Fazer tudo sozinho, em casa, já não basta.

Temos que falar sobre o bem estar como entendimento que corpo, mente e relações são um mesmo ecossistema. E que o verdadeiro luxo invisível está na simplicidade de estar presente, consigo e com os outros.

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