arrow-left-square Created with Sketch Beta.

Palpitações, pausas e batidas fora do compasso: o que fazer no treino?

Treinar é sinônimo de saúde, energia e longevidade. Mas, quando o coração sai do compasso, seja com palpitações, batimentos acelerados ou pausas inesperadas, surge a dúvida: quem tem arritmia pode se exercitar com segurança?

A resposta não é única, porque existem arritmias de diferentes naturezas. O que muda é a forma de encarar o treino.

Nosso coração bate cerca de 100 mil vezes por dia, em silêncio absoluto. Você nem percebe que ele está ali. Mas nem sempre é assim. Quando o paciente “sente o coração bater” de forma estranha, como trancos, acelerações ou pausas, estamos diante de uma arritmia percebida.

Algumas são benignas: rápidas, curtas e sem maiores repercussões. Outras podem ser perigosas, principalmente quando trazem sinais de alerta como:

  • Síncope (desmaios ou sensação de que vai desmaiar)
  • Falta de ar
  • Dor no peito
  • Palpitações prolongadas, que não passam após alguns minutos de repouso

Além disso, muitas arritmias são intermitentes: aparecem e desaparecem sem padrão fixo, tanto no repouso quanto no esforço. Esse “vai e vem” pode confundir o paciente e atrasar o diagnóstico, motivo a mais para valorizar cada sintoma.

Exercício: remédio ou gatilho?

Na maioria dos casos, o treinamento físico é parte do tratamento. Mas existe a chamada curva em U: tanto o sedentarismo quanto o excesso de treino aumentam o risco de arritmias, especialmente a fibrilação atrial. Sim! Exercício é remédio, mas precisa de dose certa!

Para a maioria dos pacientes, atividades leves a moderadas: caminhada, bicicleta ergométrica, natação recreativa e musculação orientada, são as escolhas mais seguras.

O segredo está na progressão gradual e no acompanhamento. Treinos de alta intensidade e competitivos devem ser avaliados com cautela, pois podem transformar benefício em risco.

Por isso, a avaliação pré-participação realizada por cardiologista/ médico do esporte é essencial. Nesta consulta avaliamos o risco de eventos durante a prática de exercícios e podemos encontrar alterações antes que ela se tornem um problema grave.

Exames como eletrocardiograma, Holter de 24 horas, ecocardiograma e ergoespirometria ajudam a entender como o coração reage ao esforço. Assim, o treino deixa de ser ameaça e passa a ser ferramenta otimizada de saúde.

O mais importante de tudo é estar atento aos sinais que o corpo dá. Arritmias podem surgir mesmo após uma excelente avaliação pré-participação. Nem toda palpitação é doença!

Mas se você tiver palpitações, especialmente se acompanhadas por qualquer um dos sinais de alerta (acima), é importante procurar sua cardiologista.

Quer continuar por dentro do que realmente está acontecendo no wellness?

A newsletter da FitFeed entrega, toda semana, um radar com os movimentos mais importantes do setor.

Se inscreva em 👉 https://fitfeed-newsletter.beehiiv.com/