Por que quando estamos ansiosos sentimos maior vontade de comer?
Quando estamos ansiosos, nosso corpo pode “confundir” os sinais de fome. O estresse constante mexe com hormônios que regulam o apetite, fazendo com que a vontade de comer aumente, principalmente por alimentos mais doces ou ricos em gordura. Isso é chamado de fome emocional: não é o corpo pedindo energia, mas sim uma forma de tentar aliviar desconfortos internos. Entender isso ajuda a fazer escolhas mais conscientes no dia a dia.
Quando estamos ansiosos, o corpo libera mais cortisol, o hormônio ligado ao estresse. Quando ele aumenta, a vontade de comer também cresce, especialmente por alimentos que trazem prazer rápido, como doces ou comidas mais calóricas. É como se o corpo buscasse um “alívio imediato” para diminuir o desconforto emocional.
Comer pode realmente trazer uma sensação temporária de bem-estar, porque ativa áreas do cérebro relacionadas à recompensa. Por isso, em momentos de tensão ou preocupação, é comum buscar alimentos que produzam essa sensação de conforto, como chocolate, sorvete, massas ou fast food. O efeito é rápido, mas passa em pouco tempo.
A fome emocional é diferente da fome física. Enquanto a fome física aparece aos poucos e pode ser satisfeita com qualquer refeição equilibrada, a fome emocional surge de repente, é urgente e geralmente direcionada a alimentos específicos. Aprender a identificar essa diferença ajuda a lidar com a ansiedade de forma mais consciente e a evitar comer apenas como forma de aliviar sentimentos.
Por que ficamos irritados quando estamos com fome?
Quando ficamos muito tempo sem comer, o corpo começa a ficar com pouca energia, porque a glicose (o açúcar do sangue, que é o combustível do cérebro) diminui. Como o cérebro precisa de glicose para funcionar bem, ele começa a ficar mais “sensível” e tem mais dificuldade de controlar as emoções.
Ao mesmo tempo, o estômago libera um hormônio chamado grelina, que é o hormônio da fome. Esse hormônio vai até o cérebro e estimula regiões ligadas ao estresse e às emoções, especialmente a amígdala, que é responsável por reações como irritação, impaciência e nervosismo.
Além disso, quando estamos com fome, o corpo entende que precisa encontrar comida. Para isso, ele ativa uma resposta parecida com a do estresse, liberando adrenalina e cortisol, hormônios que deixam o corpo em alerta. Isso faz com que a gente fique mais reativo, menos paciente e com menos tolerância a frustrações.
Por isso, quando dizemos que alguém está “de mau humor porque está com fome”, isso não é apenas psicológico, é biológico. O corpo está pedindo energia e, enquanto ela não chega, o cérebro funciona de um jeito mais impulsivo e irritado.
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