Os jovens estão bebendo menos — e não é um “só hoje, não”. Segundo dados recentes da IWSR, o consumo de bebidas alcoólicas entre a Geração Z está em queda constante, com países como Reino Unido, EUA e Brasil vendo jovens adultos entre 18 e 25 anos escolherem cada vez mais o “sem álcool, por favor”.
Essa mudança de comportamento não é só uma fase — é um movimento cultural. E mais: está mudando a forma como o luxo é percebido.
Enquanto marcas premium de destilados tentam segurar o status, a realidade é outra: a nova geração valoriza clareza mental, bem-estar e performance acima de rituais sociais que envolvem ressaca. No Reino Unido, 49% dos consumidores entre 18 e 24 anos dizem estar “ativamente tentando reduzir” o consumo de álcool. Nos EUA, o número de jovens que se identificam como “sober curious” nunca foi tão alto.
E a indústria já entendeu o recado. A IWSR prevê que o mercado global de bebidas low & no alcohol deve crescer mais de 25% até 2026, com marcas como Seedlip, Lyre’s e Monday Gin sendo servidas em bares cinco estrelas — sem teor alcoólico, mas com status.
O novo luxo: autocontrole, não excesso
O luxo, para essa geração, não tem mais cara de balde de champagne. Tem cara de clareza no sábado de manhã, pele boa, rotina saudável e saúde mental em dia. É uma estética do equilíbrio. E isso explica por que marcas de wellness, mocktails com adaptógenos, rituais noturnos com suplementos e experiências alcohol-free premium estão bombando.
Do Coachella ao Copacabana Palace, bares dry e menus “zero proof” se tornam novos hotspots. Beber, agora, é opcional — e não beber é cool.
O que isso significa?
Para o mercado, é hora de se adaptar ou evaporar. As gerações mais jovens estão sinalizando que os códigos de status mudaram: saber se cuidar é o novo símbolo de poder.
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