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Uso diário de protetor solar pode economizar mais de R$ 2,5 bilhões ao sistema de saúde, aponta estudo da Kenvue

Um hábito simples, diário e amplamente acessível pode gerar um impacto bilionário para a saúde pública brasileira. É o que indica um novo estudo preliminar da Kenvue, apresentado no Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV 2025), ao projetar os efeitos econômicos e sociais do uso regular de protetor solar no Brasil.

De acordo com o modelo desenvolvido pela empresa, responsável por marcas como Neutrogena®, Sundown® e Minesol®, a adoção consistente do protetor solar poderia evitar mais de R$ 2,5 bilhões em custos de tratamento relacionados ao câncer de pele não melanoma em apenas cinco anos. Em um horizonte de 15 anos, a projeção é ainda mais expressiva: até 113 mil casos da doença poderiam ser prevenidos.

Prevenção que gera retorno

Além da redução direta de casos, o estudo aponta um retorno médio sobre investimento (ROI) de 7,8 vezes ao longo de 15 anos, podendo chegar a 18,9 vezes, com economias mensuráveis já a partir do segundo ano de uso consistente. Em outras palavras, prevenir custa muito menos do que tratar e o impacto aparece mais rápido do que se imagina.

O câncer de pele é hoje um dos tipos mais comuns no Brasil e, ao mesmo tempo, um dos mais preveníveis. Ainda assim, continua consumindo bilhões dos sistemas de saúde todos os anos, especialmente em países com alta exposição solar, como o Brasil.

Uma ferramenta para políticas públicas

O modelo utiliza dados epidemiológicos brasileiros do Global Cancer Observatory, combinados com estimativas internacionais de eficácia do protetor solar e custos médicos ajustados pela inflação. A simulação permite ainda recortes por idade e tempo de exposição ao sol, oferecendo uma base concreta para apoiar estratégias de prevenção, políticas públicas e decisões em saúde coletiva.

“Queremos ir além da conscientização. Esta ferramenta oferece evidências claras do valor dos hábitos preventivos e da importância do acesso”, afirma Eleonora Carreira, gerente de Assuntos Médicos da Kenvue. “O câncer de pele é um dos cânceres mais preveníveis, e o Brasil tem uma das maiores incidências do mundo. Conectar ciência, economia e impacto social é fundamental para mudar esse cenário.”

Um hábito ainda subestimado

Apesar dos números, o comportamento do consumidor ainda caminha em outra direção. Um estudo global da Kenvue em parceria com a Kantar, A New View of Care, mostra que, no Brasil, o uso de protetor solar aparece apenas na 10ª posição entre as práticas de autocuidado consideradas relevantes. Em uso real, ocupa o quinto lugar entre as categorias, e o sexto em importância percebida.

O contraste é claro: enquanto os dados apontam o protetor solar como uma das ferramentas mais eficientes de prevenção em larga escala, ele ainda não ocupa o lugar que deveria na rotina da maioria dos brasileiros.

O que o estudo indica

Entre os principais achados do levantamento estão:

  • Economia cumulativa: mais de US$ 500 milhões em cinco anos
  • Casos de câncer de pele não melanoma prevenidos:
    • 12.689 em 5 anos
    • 49.371 em 10 anos
    • 113.444 em 15 anos
  • ROI: até 4 vezes em 5 anos e até 18,9 vezes em 15 anos
  • Início das economias: já a partir do segundo ano de uso consistente

O estudo reforça uma mensagem direta: quando o assunto é saúde preventiva, pequenas escolhas diárias podem gerar impactos estruturais para o indivíduo, para o sistema de saúde e para a sociedade como um todo.

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