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Mais perigoso que o burnout? Conheça o ‘rust out’, o esgotamento por monotonia

Todo mundo já ouviu falar de burnout, o esgotamento por excesso de trabalho. Mas e quando o problema não é a sobrecarga, e sim a falta de desafios? O nome disso é ‘rust out’, um declínio mental e emocional causado por tarefas repetitivas e monótonas que está ganhando o radar do wellness e do business.

Quando a rotina vira uma jaula

O ‘rust out’, ou “enferrujamento”, acontece quando há um desalinhamento total entre suas habilidades e as tarefas do dia a dia. Pense em burocracia excessiva e falta de oportunidades de crescimento. Uma pesquisa com educadores no Reino Unido e Irlanda revelou um dado alarmante: cerca de 70% da carga de trabalho deles era puramente administrativa, sufocando o tempo para atividades criativas e desenvolvimento profissional.

Esse cenário cria um ciclo vicioso de desmotivação, apatia e estagnação. Mesmo profissionais super engajados com sua vocação acabam perdendo o propósito, sentindo que seu potencial está sendo subutilizado. É o cérebro pedindo estímulo e recebendo apenas o piloto automático.

O fantasma silencioso da saúde mental no trabalho

Enquanto o burnout grita, o ‘rust out’ sussurra. Por ser menos dramático, ele é pouco discutido e, muitas vezes, ignorado pelas empresas. O problema é que ignorá-lo tem um custo alto: o risco de quadros de ansiedade e depressão aumenta, a rotatividade dispara e a produtividade despenca.

O foco excessivo no burnout fez com que a pesquisa sobre o ‘rust out’ ficasse para trás, criando um ponto cego perigoso na gestão de pessoas. Reconhecer que a subutilização é tão prejudicial quanto a sobrecarga é o primeiro passo para virar o jogo.

Como hackear o tédio e reativar o propósito

A solução não é um bicho de sete cabeças. Para combater o ‘rust out’, gestores e empresas precisam recalibrar o sistema: reduzir a burocracia, equilibrar as demandas e, principalmente, criar oportunidades que desafiem e valorizem as habilidades de cada um. A discussão já é central no ecossistema de wellness, mostrando que a saúde mental no trabalho vai muito além de apenas gerenciar o estresse.

No fim das contas, a mensagem é clara: o bem-estar profissional depende de um equilíbrio fino. Não basta evitar o esgotamento por excesso, é preciso nutrir o engajamento e o sentido no trabalho. Afinal, um time motivado não é só mais produtivo, é mais saudável e preparado para o futuro.

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