O kombucha virou a bebida da vez no universo wellness.
Apresentado como um elixir para a saúde intestinal e metabólica, esse chá fermentado, produzido a partir de uma cultura de bactérias e leveduras (o SCOBY), promete equilibrar o corpo de dentro para fora. Mas, na prática, o que é hype e o que é fato comprovado?
Afinal, o que tem dentro do copo?
A mágica do kombucha acontece na fermentação. O SCOBY consome o açúcar do chá, transformando-o em um líquido efervescente, rico em ácidos orgânicos (como o acético, que dá o sabor azedo), probióticos e polifenóis com ação antioxidante.
Essa combinação é a base de seus supostos benefícios, atuando diretamente no equilíbrio do microbioma intestinal e em processos inflamatórios.
Os benefícios: entre a promessa e a realidade.
Vamos aos fatos. Há evidências de que o kombucha pode, sim, aliviar sintomas digestivos. Um estudo de 2024, embora não tenha encontrado resultados para perda de peso, mostrou que o consumo diário reduziu queixas como inchaço, refluxo e constipação.
Outras pesquisas, ainda que pequenas, apontam uma possível ajuda no controle do açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 2. No entanto, é preciso alinhar as expectativas: estudos maiores não confirmaram melhoras na pressão arterial ou nos níveis de colesterol, e a maioria das alegações sobre prevenção de doenças graves ainda carece de comprovação científica robusta em humanos.
Então, vale a pena incluir na rotina?
Sim, desde que com a perspectiva correta. O kombucha não é um remédio milagroso, mas pode ser um excelente complemento para uma alimentação saudável. Suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias são pontos a favor, e seu papel na saúde digestiva é o benefício mais consistente. A dica de ouro é escolher versões com baixo teor de açúcar para não anular os pontos positivos. Para o mercado, o crescimento da categoria representa uma oportunidade clara de investimento em bebidas funcionais que conectam bem-estar e inovação.
O veredito é que o kombucha tem seu valor, principalmente para o intestino. Contudo, a ciência ainda precisa de mais pesquisas para validar todo o hype das redes sociais. Por enquanto, aprecie como uma bebida funcional que agrega, mas não espere que uma única garrafa resolva tudo.
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