Um estudo global publicado na The Lancet acende o alerta: quase metade das pessoas com diabetes vive sem diagnóstico.
Essa falha na detecção precoce está criando uma bomba-relógio para a saúde pública, com complicações graves que poderiam ser facilmente evitadas.
Mas por que tanta gente vive no escuro?
A resposta está, em grande parte, no diabetes tipo 2. Diferente de outras formas da doença, ele se desenvolve de forma gradual e está diretamente ligado a fatores como obesidade e sedentarismo.
Globalmente, 44% das pessoas com 15 anos ou mais nem imaginam que têm a condição. O cenário revela uma enorme desigualdade no acesso à saúde: enquanto a América do Norte tem altas taxas de diagnóstico, na África Subsaariana, menos de 20% dos casos são identificados.
O que acontece quando o diagnóstico não vem?
O corpo paga um preço alto. O diabetes não diagnosticado é um convite para doenças cardíacas, derrames, insuficiência renal e danos nos nervos. Na prática, a resistência à insulina impede que o corpo regule o açúcar no sangue, causando danos progressivos e, muitas vezes, irreversíveis aos órgãos vitais. Sintomas como sede excessiva, fadiga e visão embaçada são comuns, mas frequentemente ignorados até ser tarde demais.
Health tech e prevenção: a virada de chave.
A boa notícia é que a tecnologia e a prevenção podem mudar o jogo. A necessidade de triagens regulares, especialmente para grupos de risco, é o primeiro passo. O mercado de health tech está de olho nessa oportunidade, com investidores apostando em dispositivos de monitoramento e programas que integram tecnologia a mudanças de estilo de vida. A detecção precoce não é apenas sobre tratar, mas sobre garantir longevidade e qualidade de vida.
O estudo deixa um recado claro: não basta ter tratamento disponível. Mesmo entre os diagnosticados, menos da metade consegue manter o controle glicêmico ideal. O verdadeiro desafio é fechar o gap entre diagnóstico, acesso e gestão contínua. Para o mercado, é um chamado à inovação; para as pessoas, é um lembrete para não negligenciar os check-ups. Afinal, a prevenção ainda é o melhor negócio.
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