A era de ouro das esteiras e elípticos parece estar chegando ao fim.
Um movimento silencioso, mas poderoso, está redesenhando o layout das academias e as rotinas de treino: o treinamento de força não é mais um coadjuvante e assumiu o protagonismo, forçando um mercado que deve crescer mais de US$ 8 bilhões até 2030 a se reinventar ou ficar para trás.
Afinal, por que a esteira perdeu o hype?
Os números não mentem. Enquanto as buscas online por equipamentos de cardio caíram 34% desde o pico da pandemia, o interesse por equipamentos de força disparou 170% na última década.
Essa mudança é impulsionada por uma nova consciência sobre saúde e bem-estar, onde construir músculos é sinônimo de longevidade e metabolismo acelerado, complementando até mesmo tratamentos de saúde como o uso de medicamentos GLP-1. O público também mudou: mulheres e idosos agora lideram essa tendência, abraçando a musculação como ferramenta para uma vida mais longa e saudável.
Inovar ou morrer: o cardio contra-ataca
Mas o cardio não se deu por vencido. Para sobreviver, a palavra de ordem é inovação. Marcas como a Life Fitness estão lançando linhas de equipamentos high-tech, como a Symbio, com tecnologia adaptativa e design inteligente.
A grande aposta, no entanto, é na experiência. Redes como a Chuze Fitness criaram o “Cinema Cardio”, salas com telões de cinema que tornam o exercício mais divertido. A estratégia funciona: na 10 Fitness, 30% dos novos membros se inscreveram especificamente por esse recurso.
O futuro do fitness é pesado e conectado
A adaptação já é visível no chão das academias. Grandes redes estão cortando até 40% de suas máquinas de cardio para abrir espaço para mais racks de agachamento e pesos livres. O mercado, que se recuperou da pandemia com um recorde de 64,2 milhões de membros só nos EUA, agora opera em um modelo omnichannel, combinando treinos presenciais e digitais. O recado para empreendedores é claro: para prosperar, é preciso ouvir o consumidor, integrar tecnologia e apostar em experiências que vão além do básico.
A briga não é entre cardio e musculação, mas entre o obsoleto e o inovador. A ascensão do treinamento de força reflete um consumidor mais informado, que busca resultados duradouros e experiências engajantes. As empresas que entenderem essa virada de chave e adaptarem seus espaços não apenas sobreviverão, mas liderarão a próxima fase da indústria do bem-estar.
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