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Seu “vício” em Instagram pode ser só um hábito (e isso muda tudo)

Você vive com a sensação de que é viciado em Instagram? Calma, a ciência tem um recado: é bem provável que você esteja superestimando o problema. Um estudo recente da Scientific Reports, do grupo Nature, com mais de 1.200 adultos revelou que, embora muitos se sintam dependentes, apenas 2% realmente apresentam sintomas clínicos de vício, enquanto 18% se percebem como tal.

Afinal, é vício ou só um mau jeito?

A diferença é gritante. Um hábito é aquele comportamento automático, tipo abrir o app assim que acorda, acionado por um gatilho. Já o vício é coisa séria: envolve sintomas como abstinência, perda de controle e prejuízos reais na vida social e profissional.

A neurociência mostra que o uso problemático ativa o sistema de recompensa cerebral de forma similar a dependências químicas, mas, para a maioria, o que existe é um padrão de comportamento reforçado, não uma doença.

Por que a gente se sente tão refém do scroll infinito?

A culpa não é (só) sua. A mídia martela o termo “vício em redes sociais” quase 100 vezes mais do que “hábito digital”, criando uma narrativa que nos faz internalizar esse rótulo. Some a isso o design das plataformas, que funciona como uma máquina caça-níquel: a recompensa (likes, comentários) é variável e imprevisível, liberando dopamina e nos prendendo no ciclo. O famoso FoMO (medo de ficar por fora) só joga mais lenha na fogueira, alimentando o uso compulsivo.

Chamar de “vício” só piora o cenário

Se rotular como “viciado” pode ser contraproducente. Essa percepção aumenta a autoculpa e a sensação de perda de controle, mas, ironicamente, não se traduz em mudança de comportamento. Quando acreditamos que estamos lidando com um vício, nossa confiança na capacidade de mudar diminui, prejudicando a relação com a tecnologia e a saúde mental como um todo.

Como retomar o controle (sem drama)

A boa notícia é que retomar as rédeas é mais simples do que parece. Em vez de travar uma guerra contra um suposto vício, o caminho é focar em modificar hábitos. Estratégias como desativar notificações, reorganizar a tela do celular ou criar “pontos de parada” no uso podem fazer uma enorme diferença. Entender que você provavelmente tem um hábito forte, e não uma dependência clínica, é o primeiro passo para construir uma relação mais saudável e consciente com o mundo digital.

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