Enquanto Novo Nordisk e Eli Lilly dominam as manchetes, a dinamarquesa Zealand Pharma traçou um plano ambicioso para abocanhar uma fatia do bilionário mercado de medicamentos antiobesidade. Com a estratégia ‘Metabolic Frontier 2030’, a empresa promete lançar cinco novos fármacos até o fim da década e usar a inteligência artificial como sua principal arma para redefinir o tratamento da saúde metabólica.
Qual é o plano de mestre?
A estratégia é clara: inundar o mercado com inovação. A meta da Zealand é desenvolver ao menos 10 programas clínicos, focando em soluções que vão além da simples perda de peso. No centro do seu pipeline estão o petrelintide, desenvolvido com a Roche e que atua de forma diferente dos agonistas de GLP-1, e o survodutide, um agonista duplo. A empresa também mostrou pragmatismo ao interromper o desenvolvimento do dapiglutide, reconhecendo a alta competitividade e focando seus recursos onde pode, de fato, se destacar.
Tecnologia e parcerias para sair na frente
Para acelerar o passo, a Zealand Pharma inaugurou um centro de pesquisa em Boston focado em combinar sua expertise em peptídeos com inteligência artificial, visando criar drogas mais eficientes e personalizadas. Além da tecnologia interna, a empresa firmou uma parceria estratégica com a biotech chinesa OTR Therapeutics para desenvolver tratamentos orais. O acordo, que começa com um investimento de 20 milhões de dólares, responde à crescente demanda por opções mais convenientes e acessíveis para o tratamento de doenças metabólicas.
Como se diferenciar na selva dos GLP-1?
Em um mercado projetado para atingir 150 bilhões de dólares até 2030, ser apenas mais um não é uma opção. A grande aposta da Zealand é a diferenciação. O petrelintide, por exemplo, atua no hormônio amilina, prometendo uma perda de peso eficaz com menos efeitos colaterais gastrointestinais que os concorrentes. Já o survodutide tem uma ação dupla que, além de tratar a obesidade, mostra potencial para combater a esteato-hepatite metabólica (MASH), uma comorbidade grave.
A lição para o setor de wellness é nítida: diante de uma concorrência acirrada, com gigantes como AstraZeneca e Pfizer entrando no jogo, a sobrevivência depende de um pipeline diversificado, alianças estratégicas e a integração de tecnologias de ponta. A Zealand Pharma não quer apenas competir; ela quer liderar a próxima geração de bem-estar metabólico.
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