Comum em suplementos e alimentos funcionais, o alcaçuz se consolidou no universo do bem-estar. O que poucos sabem é que seu principal composto ativo, a glicirrizina, carrega um efeito colateral sério: o aumento da pressão arterial, colocando em xeque a ideia de que todo ingrediente natural é inofensivo.
Como uma planta mexe com seus hormônios?
O mecanismo é um verdadeiro efeito dominó no corpo. A glicirrizina inibe uma enzima nos rins responsável por desativar o cortisol, o famoso hormônio do estresse. Com essa barreira desligada, o cortisol começa a agir como a aldosterona, um hormônio que regula o equilíbrio de sais. O resultado? O corpo passa a reter mais sódio e água, enquanto elimina potássio, elevando o volume sanguíneo e, consequentemente, a pressão nas artérias.
Os números não mentem: qual o risco real?
Não é pouca coisa. Uma revisão de oito ensaios clínicos com mais de 500 participantes mostrou que o consumo de alcaçuz elevou a pressão sistólica em média 3,5 mmHg. Pode parecer pouco, mas aumentos nessa faixa já são suficientes para elevar o risco de infarto e AVC. Para quem já tem hipertensão, doenças cardíacas ou renais, o perigo é ainda maior, tornando o consumo frequente uma aposta arriscada.
O futuro do wellness é transparente
A descoberta reforça uma tendência crucial no mercado de nutrição: a necessidade de inovar com segurança. A indústria tem a oportunidade de desenvolver alternativas mais seguras e, principalmente, de educar o consumidor sobre os efeitos de cada componente. A lição é clara: a era do bem-estar exige mais do que rótulos bonitos; exige transparência e escolhas informadas, provando que o verdadeiro cuidado com a saúde começa no conhecimento.
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