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Brasil, a capital do estresse: por que chegamos ao limite?

O sinal de alerta está ligado. O Brasil se consolidou como um dos epicentros globais de estresse e ansiedade, e os dados não mentem. As buscas no Google por “estresse crônico” e “cortisol” atingiram o pico da década, enquanto o país liderou o ranking mundial de pesquisas por “ansiedade”, mostrando que a preocupação com a saúde mental deixou de ser um nicho para se tornar uma urgência nacional.

Os números que não nos deixam dormir

Vamos aos fatos: uma pesquisa da Ipsos revela que para 42% dos brasileiros, o estresse já impacta diretamente a rotina diária. Somos o segundo país que mais passa tempo na internet, uma média de 9 horas e 13 minutos por dia, e 45% de nós acreditam que as redes sociais afetam negativamente a saúde mental. O reflexo disso no mundo corporativo é brutal: em 2024, foram quase meio milhão de afastamentos do trabalho por transtornos mentais, um aumento de 68% em relação ao ano anterior.

Da timeline ao home office: os gatilhos da exaustão

Mas o que está por trás dessa explosão? É um combo complexo. A superexposição digital, que pressiona por performance constante e engajamento, afeta a todos, desde usuários comuns até influenciadores como Whindersson Nunes e Selena Gomez, que precisaram se afastar para cuidar da saúde. Some a isso um ambiente de trabalho de alta pressão, que levou o burnout a ser reconhecido como doença ocupacional, e a instabilidade socioeconômica, que funciona como um gatilho constante para a ansiedade.

A virada de chave: do problema à oportunidade

O estresse crônico, como explica a psiquiatra Danielle Admoni, abre portas para depressão e ansiedade, mas a crescente conscientização está forçando uma mudança. Empresas agora são obrigadas a controlar riscos psicossociais, e essa demanda abre um novo mercado. A necessidade de gerenciar o bem-estar impulsiona investimentos em apps de rastreamento de estresse e inovações em biohacking mental, especialmente para executivos. A conversa está mudando do diagnóstico do problema para a criação de soluções.

A era da exaustão parece ter atingido seu pico, mas também despertou uma busca coletiva por equilíbrio. A corrida por soluções, que vão desde estabelecer limites pessoais e praticar exercícios até a adoção de novas tecnologias, mostra que o futuro do bem-estar no Brasil será definido pela nossa capacidade de transformar essa crise em um catalisador para uma vida com mais propósito e saúde.

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