A maior rede de massagem dos EUA está testando um novo tipo de toque, sem mãos humanas. O Massage Envy começou a instalar, em unidades selecionadas, as camas de massagem robóticas da Aescape, sistema guiado por IA que permite ao cliente personalizar pressão, áreas do corpo, objetivos de recuperação e até a trilha sonora da sessão, tudo por meio de uma tela sensível ao toque.
Como funciona a “massagem sem mãos”
A experiência é diferente de uma massagem tradicional, mas com vários elementos familiares. O cliente permanece vestido, enquanto a cama adapta pressão e ajustes ao formato do corpo, imitando a precisão de um massoterapeuta. É possível escolher sessões de 30 ou 60 minutos, em formato localizado ou corpo inteiro.
Cada atendimento inclui cerca de 10 minutos para configuração da máquina e troca de roupa, antes e depois da sessão. A chegada da Aescape ao Massage Envy amplia a lista de marcas que já adotaram a tecnologia, entre elas, academias premium como Life Time e Equinox, além de Four Seasons, Marriott e Ritz-Carlton no setor hoteleiro.
Para Todd Schrader, CEO do Massage Envy, o movimento reforça o propósito da rede: “A missão sempre foi tornar o bem-estar parte da rotina das pessoas. Aescape complementa isso ao oferecer uma nova forma de consistência no autocuidado.”
Ele acrescenta que o formato também atrai quem gosta de testar novas tecnologias, busca opções convenientes de recuperação entre treinos ou prefere um modelo autoguiado. Mais unidades devem receber o sistema ao longo de 2026.
Aescape acelera: tecnologia, celebridades e um ano de expansão
A parceria fecha um ano decisivo para a Aescape. A empresa firmou acordo com Tom Brady, que se tornou diretor de inovação e trouxe seus protocolos exclusivos de recuperação e “pliability”. O parceiro de longa data de Brady, Alex Spiro, também entrou como conselheiro estratégico.
A empresa já levantou mais de US$ 130 milhões em investimentos, com apoio de fundos como Valor Siren Ventures, Valor Equity Partners e nomes como o criador e atleta Logan Paul.
Eric Litman, fundador e CEO da Aescape, diz que a colaboração com o Massage Envy é estratégica: “Estamos expandindo o acesso ao poder restaurador da massagem — seja pelas mãos de um terapeuta ou pela nossa experiência autônoma.”
Robôs vão substituir massoterapeutas? Não exatamente…
Apesar do avanço da automação, os dados do mercado mostram outra realidade: o Bureau of Labor Statistics projeta que a terapia de massagem será uma das profissões que mais vai crescer até 2034, com aumento de 15% no emprego e cerca de 24,7 mil vagas abertas por ano. Escolas como o The Soma Institute alertam: não há profissionais suficientes para atender à demanda.
Nesse cenário, a Aescape não se vende como substituta, mas como suporte operacional: uma forma de oferecer serviço 24/7, aliviar carga das equipes e transformar salas ociosas em receita constante.
A empresa é transparente nos valores:
- US$ 4.000/mês por um ano + US$ 10.000 de instalação, ou
- US$ 150.000 na compra direta.
E não é só o Massage Envy que está apostando nessa ideia. A Pause Studio, franquia de wellness, ampliou sua parceria com a Aescape depois de um piloto em Los Angeles que superou expectativas.
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