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Por que o “Câncer da Preta Gil” está atingindo pessoas cada vez mais jovens?

A morte precoce da cantora Preta Gil, na última semana, jogou luz sobre uma realidade preocupante: o câncer colorretal, antes associado a pessoas acima dos 50 anos, está crescendo de forma alarmante entre os mais jovens.

A doença, silenciosa e muitas vezes assintomática nos estágios iniciais, já afeta milhões de pessoas em todo o mundo e agora levanta uma pergunta urgente entre médicos e cientistas: o que está por trás desse avanço precoce?

O que é o câncer colorretal?

Esse tipo de câncer se forma no intestino grosso — mais especificamente no cólon e no reto. Na maioria dos casos, ele começa como pólipos, pequenas lesões benignas que podem evoluir lentamente ao longo do tempo até se tornarem malignas, por meio de mutações genéticas.

Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode passar despercebido, sem provocar sintomas. À medida que progride, pode causar:

  • Sangramento nas fezes
  • Dor ou desconforto abdominal
  • Alterações no hábito intestinal (como constipação ou diarreia)
  • Perda de peso inexplicada

Quando identificado precocemente, o tratamento costuma ser mais eficaz e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

O crescimento entre os jovens é real e preocupante

(Fonte: Health Times)

Levantamentos de instituições internacionais mostram que a incidência do câncer colorretal em jovens adultos tem aumentado de forma acelerada. Entre os períodos de 2005–2015 e 2015–2025, a prevalência da doença dobrou nessa faixa etária.

Mais alarmante ainda: a taxa de crescimento anual, que era de 3%, agora está em 7%. Isso significa que, se a tendência continuar, mesmo desconsiderando o aumento populacional, o mundo pode chegar à marca de 4 milhões de novos casos nas próximas décadas.

O que pode estar causando esse fenômeno?

A ciência ainda busca respostas definitivas, mas há fortes indícios de que mudanças no estilo de vida e na alimentação desempenham um papel central no aumento dos casos de câncer colorretal entre jovens. Dietas ricas em alimentos ultraprocessados, consumo frequente de carnes vermelhas e baixa ingestão de fibras têm sido apontados como fatores de risco importantes.

Além disso, o sedentarismo, o aumento da obesidade nessa faixa etária, o uso prolongado de antibióticos, alterações na microbiota intestinal e a exposição precoce a toxinas ambientais e poluentes também estão sendo investigados. Esses elementos, quando combinados, podem desencadear inflamações crônicas no intestino e favorecer mutações celulares, criando um ambiente propício para o surgimento e a progressão de tumores.

O que fazer diante desse cenário?

A melhor estratégia continua sendo a prevenção e o diagnóstico precoce. Mudanças na alimentação, prática regular de exercícios físicos e acompanhamento médico são atitudes que podem reduzir significativamente os riscos.

Além disso, especialistas vêm defendendo a redução da idade recomendada para o início dos exames de rastreamento, como a colonoscopia, especialmente para pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.

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