O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) voltou ao centro das conversas na internet e não é à toa. Embora muita gente associe o transtorno apenas à desatenção, hiperatividade ou impulsividade, profissionais de saúde reforçam que o quadro é bem mais amplo e pode afetar todas as fases da vida.
Sintomas mudam da infância para a vida adulta
Em crianças, os sinais mais comuns envolvem dificuldade de manter a atenção, impulsividade e hiperatividade física. Mas, na vida adulta, o TDAH se manifesta de forma diferente: problemas de organização, lapsos de foco, inquietação constante, dificuldade em controlar impulsos e desafios para manter rotinas.
Além disso, a presença de outros diagnósticos é frequente. Adultos com TDAH apresentam maiores índices de ansiedade, depressão, instabilidade profissional, dificuldades em relacionamentos, procrastinação e baixa autoestima.
Comorbidades exigem uma abordagem mais ampla
O transtorno também costuma vir acompanhado de alterações hormonais, distúrbios do sono e intolerâncias alimentares, além de sensibilidades que podem piorar sintomas.
Por isso, especialistas defendem um tratamento holístico, que vai muito além do controle dos sintomas imediatos. A abordagem inclui ajustar hormônios e avaliar tireoide e cortisol, revisar a alimentação para reduzir ultraprocessados, glúten, lactose, óleos vegetais, corantes e outros alimentos inflamatórios, além de corrigir possíveis deficiências nutricionais.
Também entram como pilares fundamentais a melhora da qualidade do sono, o gerenciamento do estresse e a prática regular de exercício físico, pontos que, juntos, ajudam a estabilizar o organismo e minimizar o impacto do TDAH no dia a dia.
Alguns suplementos podem ser utilizados com orientação profissional, como ômega-3, complexo B, ferro, magnésio, vitamina D, creatina, crocus sativus, melatonina, CBD e zinco.
Causas envolvem múltiplos fatores
A origem do TDAH ainda não é totalmente compreendida, mas estudos apontam para uma combinação de elementos genéticos, neuroquímicos, envolvendo alterações em neurotransmissores como dopamina e norepinefrina e fatores ambientais, como exposição a metais pesados (alumínio e chumbo).
Embora não exista cura, o manejo adequado com intervenções comportamentais, acompanhamento multidisciplinar e, quando indicado, medicação, permite que pessoas com TDAH levem uma vida estável, produtiva e plenamente funcional.
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