Com a conversa sobre metaverso ficando cada vez mais séria, o uso da realidade virtual na saúde mental começa a chamar atenção — e não é só no papo, não. Tem pesquisa, investimento e startups apostando pesado nisso.
O que é Terapia de Realidade Virtual?
É basicamente usar a imersão da realidade virtual para tratar coisas como fobias, ansiedade e até dores crônicas. A pessoa é colocada num ambiente simulado, seguro e controlado, que ajuda a treinar a mente e o corpo a reagirem de forma mais saudável.
A saúde mental virou um tema urgente, principalmente depois da pandemia. A boa notícia? A tecnologia pode deixar os tratamentos mais acessíveis, rápidos e até mais baratos que as terapias tradicionais. Não à toa, o mercado de saúde em realidade virtual deve crescer 32% ao ano até 2027 — podendo bater US$ 3,9 bilhões.
Quem já tá surfando essa onda?
- Rey, uma plataforma de teleterapia, levantou US$ 10 milhões e lançou um app de bem-estar mental totalmente imersivo.
- Tripp conseguiu US$ 11 milhões pra criar experiências de meditação em realidade virtual que lembram uma “viagem psicodélica” (sem drogas, claro).
- Tem gente misturando a realidade virtual com substâncias controladas também: como a Firefly VR e a Ketamine One.
- E na área da dor crônica, a AppliedVR captou US$ 36 milhões e ganhou até aprovação da FDA. Já a XRHealth tá levando a clínica pra dentro de casa com realidade virtual.
Funciona mesmo?
Parece que sim. Apesar de sabermos que é uma simulação, nosso cérebro compra a ideia — e isso ajuda a gente a testar novos comportamentos com menos medo.
- Um estudo com pessoas com paranoia severa mostrou que só uma sessão de realidade virtual já cortou as fobias pela metade.
- A AppliedVR comprovou, em testes clínicos, redução de dor sem precisar de medicamentos.
- O professor Daniel Freeman, de Oxford, viu uma queda de 38% na ansiedade de pacientes após seis semanas de realidade virtual.

“Mesmo sabendo que não é real, o cérebro permite que você tente algo diferente. Isso não quebra o efeito — só torna o aprendizado mais possível.” – Daniel Freeman, professor da Oxford
Mas calma lá…
Ainda é cedo pra dizer que realidade é a cura pra tudo. A tecnologia tem muito potencial, mas ainda precisa avançar em pesquisa, custo e acessibilidade.
Como disse Jonathan Rogers, pesquisador da UCL:
“A realidade virtual pode ser parte da solução, mas não vai substituir remédios ou terapia de verdade.”
Quer continuar por dentro do que realmente está acontecendo no wellness?
A newsletter da FitFeed entrega, toda semana, um radar com os movimentos mais importantes do setor.
Se inscreva em 👉 https://fitfeed.com.br/newsletter/