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Sunday Scaries: por que a ansiedade de domingo virou o novo burnout da Geração Z?

Aquele aperto no peito que chega no domingo à tarde tem nome: “Sunday Scaries”. O fenômeno, que viralizou no TikTok, descreve a ansiedade generalizada com a antecipação da semana de trabalho e já se tornou um sintoma cultural, afetando mais de 75% dos millennials e da Geração Z e transformando o dia de descanso em um gatilho para o estresse.

Mas por que o domingo virou o novo vilão?

A principal causa é a ansiedade com as responsabilidades da semana seguinte, mas o buraco é mais embaixo. A cultura “always-on”, com e-mails e notificações de trabalho invadindo o fim de semana, borra as fronteiras entre vida pessoal e profissional. Some a isso a pressão para otimizar o tempo livre e o acúmulo de tarefas domésticas, e o domingo perde sua função de recarga. O psiquiatra Viktor Frankl chamou isso de “neurose do domingo”: um vazio existencial que surge quando as distrações da rotina param, expondo a falta de propósito.

Os dados não mentem: a conta chegou

Uma pesquisa da Talker Research aponta que a angústia dominical acontece, em média, 36 domingos por ano, com pico por volta das 15h54. O impacto na Geração Z é ainda mais brutal: 74% sentem essa ansiedade mensalmente e, pasme, 20% já pediram demissão por causa dela, segundo um estudo com trabalhadores americanos. A consequência vai além do emocional, afetando o corpo com insônia e níveis de cortisol (o hormônio do estresse) até 23% mais altos.

Da ansiedade à oportunidade de negócio

A crise abriu uma avenida para o mercado de wellness. Empresas já enxergam oportunidades em programas corporativos de descompressão, focados em combater o burnout antes que ele comece. Além disso, cresce a demanda por plataformas digitais que ajudam a criar rituais de domingo personalizados e tecnologias que monitoram o humor e otimizam o ritmo circadiano, melhorando a qualidade do sono.

A popularização dos Sunday Scaries não é apenas um meme. É um sinal claro de que o modelo de trabalho tradicional está esgotado, especialmente para as novas gerações que priorizam a saúde mental acima de tudo. A solução passa por adotar um ritmo mais gentil e consciente, transformando o bem-estar proativo em uma estratégia central, não apenas um benefício. Afinal, a busca por equilíbrio não tira folga, nem mesmo no domingo.

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