Talvez o problema esteja em algo que você nunca deu muita importância: o GABA.
Ansiedade constante, dificuldade para relaxar, sono leve e a sensação de que a mente nunca desliga têm se tornado queixas cada vez mais comuns. Para além do estresse do dia a dia, especialistas apontam para um fator pouco lembrado, mas essencial para o equilíbrio mental: o GABA.
O GABA (ácido gama-aminobutírico) é um dos principais neurotransmissores inibitórios do cérebro. Na prática, ele funciona como o “freio” do sistema nervoso, reduzindo a excitabilidade neural e ajudando o corpo a sair do estado de alerta permanente. Quando está em níveis adequados, favorece calma, foco, relaxamento muscular e um sono mais profundo. Quando está baixo, o organismo tende a operar em excesso.
Esse desequilíbrio pode se manifestar de várias formas: ansiedade crônica, agitação mental, insônia ou despertares frequentes durante a noite, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, bruxismo e até episódios de compulsão alimentar, especialmente por doces. Não se trata apenas de um estado emocional, mas de uma resposta neuroquímica.
A produção de GABA acontece naturalmente no cérebro a partir do glutamato, com a participação de cofatores importantes como magnésio, zinco, vitamina B6 e taurina. Por isso, fatores como estresse crônico, alimentação pobre em nutrientes, inflamação intestinal e privação de sono podem comprometer esse processo e reduzir a disponibilidade do neurotransmissor.
Felizmente existem formas naturais de estimular o GABA. Uma alimentação que inclua ovos, peixes, castanhas e frutas como a banana pode ajudar, assim como estratégias de suplementação orientada com magnésio, vitamina B6, L-teanina ou o próprio GABA, quando indicado por um profissional. Práticas como meditação, exercícios de respiração profunda, atividade física leve, yoga e acupuntura também demonstram impacto positivo na regulação do sistema nervoso. Dormir bem, aliás, é peça central: o GABA influencia o sono e, ao mesmo tempo, depende dele para se manter equilibrado.
A discussão reforça um ponto cada vez mais claro na saúde mental contemporânea: bem-estar não é apenas psicológico, é também bioquímico. Quando o corpo permanece preso ao modo “alerta máximo”, pode não ser falta de força de vontade ou resiliência, pode ser um pedido fisiológico por mais GABA, mais pausa e mais recuperação.
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