Enquanto Alemanha e EUA avançam lentamente na reforma da cannabis, o Brasil se destaca com um mercado medicinal em rápido crescimento. No centro dessa transformação está a Blis, app que facilita o acesso legal à cannabis e conta com 300 mil usuários e receita mensal de R$ 2 milhões.
Apesar das regras rígidas da Anvisa, o setor brasileiro deve ultrapassar US$ 4,4 bilhões até 2032. Na América Latina, o mercado total pode chegar a US$ 3,75 bilhões até 2028, com o Brasil liderando como maior potencial, mesmo diante da burocracia.
Um problema real, uma solução digital
A Blis surgiu para resolver a burocracia enfrentada por pacientes que buscavam cannabis medicinal.
O app simplifica todo o processo, da consulta médica à entrega em casa, reduzindo o tempo de semanas para minutos. A demanda cresce tanto para doenças graves quanto para bem-estar, criando um novo mercado para terapias alternativas no Brasil.

A Blis foi criada do zero para atender às particularidades do Brasil, incluindo regulamentação, sistemas de pagamento e perfil dos pacientes. Isso fez da startup um modelo escalável para outros países da América Latina, como Colômbia, Argentina e México.
Hoje, a Blis alcança pacientes em mais de 1.800 cidades brasileiras, incluindo áreas rurais com pouco acesso a suporte médico. Mais de 60% dos usuários que fazem consulta acabam comprando produtos, e a taxa de recompra chega a 42%, mostrando aderência consistente ao tratamento.
Olhando para o futuro
O CEO Corrêa diz que o maior desafio da Blis não é a burocracia, mas fazer as pessoas entenderem e terem acesso ao tratamento com cannabis. Por isso, a startup investe pesado em educação, chegando até nos públicos mais conservadores e idosos, para acabar com os mitos.
A Anvisa deve liberar a importação da flor de CBD, o que vai abrir espaço para produtos inaláveis e de ação rápida, uma boa notícia para quem sofre com dores crônicas e outras condições graves.
Em menos de seis meses, a Blis já tem mais de 25 mil pacientes ativos e mira uma avaliação de US$ 100 milhões até o fim do ano, quase o dobro do valor atual.
Os planos são crescer na América Latina, lançar tecnologias novas e divulgar dados clínicos reais. A empresa está aberta a investimentos, mas só de parceiros que estejam na mesma vibe, responsabilidade, visão clínica e conhecimento das regras do jogo.
Com a crescente demanda por saúde mental e sobrecarga nos sistemas de saúde, plataformas como a Blis aparecem não só como fornecedoras, mas como infraestrutura de cuidado escalável.
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