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Apple Watch pode prever gravidez antes de testes tradicionais?

E se seu Apple Watch pudesse identificar uma gravidez antes mesmo de um teste tradicional? Um novo estudo apoiado pela Apple sugere que isso pode ser possível.

Um novo estudo apoiado pela Apple analisou dados de wearables com IA e descobriu que o método previu se as participantes estavam grávidas com 92% de precisão. 

Como isso é possível?

O modelo, chamado de Wearable Behavior Model (WBM), foi treinado com dados de comportamento e saúde de 162 mil participantes, totalizando mais de 15 bilhões de medições por hora, coletadas via Apple Watch e iPhone no Apple Heart and Movement Study.

Para prever a gravidez, os cientistas analisaram 430 gestações autorrelatadas de 385 participantes, comparando com dados de um grupo de controle de mais de 25 mil pessoas não grávidas.

Diferente de métodos tradicionais que focam apenas em sinais biométricos como frequência cardíaca e temperatura, o modelo também leva em conta hábitos cotidianos, como padrões de sono, frequência de atividade física e até o ritmo da passada ao caminhar. Essa abordagem integrada mostrou-se eficaz ao identificar mudanças sutis no comportamento, comuns em estágios iniciais da gestação.

Segundo os pesquisadores, o resultado reforça como o cruzamento entre dados fisiológicos e comportamentais pode abrir novas fronteiras na detecção precoce de condições de saúde. Além da gravidez, o modelo também obteve boas taxas de precisão para prever diabetes (82%), infecções (76%) e lesões (69%).

Apesar dos resultados promissores, o estudo ainda não passou por revisão por pares, e a Apple não anunciou planos de incorporar a funcionalidade em seus produtos. No entanto, a empresa vem investindo consistentemente em tecnologia voltada à saúde feminina: em 2019, adicionou o monitoramento do ciclo menstrual ao app Saúde e, no outono passado, passou a oferecer rastreamento de gravidez.

Mesmo com os avanços, a privacidade ainda é uma preocupação. Aplicativos já foram penalizados por uso indevido de dados, e a revogação do caso Roe v. Wade ampliou o medo de que informações sensíveis possam ser usadas judicialmente.

Resta saber se as usuárias confiarão seus dados mais íntimos ao Apple Watch.

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